segunda-feira, 21 de setembro de 2009

                         TOP 10 dos mutantes

1- Panis Et Circensis (Os Mutantes, 1968 ou em Tropicália, 1967)


A faixa de abertura do primeiro disco da banda é uma obra prima da música brasileira. "Panis Et Circensis" é uma alegoria feita com uma maestria gigante para contestar o Brasil. E eu digo o Brasil da ditadura e o Brasil atual, já que todo mundo ainda fica preocupado em nascer e morrer.


2- Desculpe, Babe (A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado, 1970)

A melodia mais bonita da banda. Com um refrão espetacular, na melhor fase dos Mutantes.


3- Vida de Cachorro (Mutantes e Seus Cometas no País dos Baurets, 1972)

Os Mutantes decidiram fazer uma declaração de amor para um cachorro, numa modinha de violão belíssima. Sou fã dessa música.


4- Virgínia (Jardim Elétrico, 1971)

Quando eles falavam de amor, eram imbatíveis. Como nessa música, Virgínia.


5- Top Top (Jardim Elétrico, 1971)

E quando queriam SABOTAR, ninguém se aproximava deles. Aliás, Jardim Elétrico é o disco que marca uma virada sutil que depois iria se transformar no progressivo futuro da banda. O disco deixa de lado um tropicalismo e passa a investir em um rock menos alegórico, porém ainda satírico.


6- Fuga número 2 (Mutantes, 1969)

Faixa do segundo disco da banda, essa música é espetacular, com um dos refrões mais contundentes feitos pela banda.


7- Portugal de Navio (Jardim Elétrico, 1971)

Outra música desse álbum excepcional, investindo novamente na sátira.


8- Qualquer Bobagem (Mutantes, 1969)

Foi regravada pelo Pato Fu, mas criada por eles, em plena ebulição do tropicalismo e no meio da ditadura. Os Mutantes conseguiam ser tudo isso, tropicalistas, progressivos e visionários. Aí está a "caipira" Qualquer Bobagem pra misturar pureza, sofisticação e ousadia.


9- Chão de Estrelas (Divina Comédia ou Ando Meio Desligado, 1970)

Um clássico da música brasileira na Era do Rádio gravado por uma banda de rock? Tropicalismo: Brasil acima de tudo, com qualidade, numa versão exemplar.


10- O A e o Z (O A e o Z, 1992)

Gravado nos anos 1970, mas somente lançado em 1992, o disco é da fase progressiva da banda. Mas "O A e o Z" é a melhor música dessa fase, quando a banda era de Sérgio Dias, um dos maiores guitarristas de todos os tempos no país.

domingo, 20 de setembro de 2009

Qualquer Bobagem - 1969

Tago mais uma musica, regravada pelo Pato Fu, mas criada por eles, em plena ebulição do tropicalismo e no meio da ditadura. Os Mutantes conseguiam ser tudo isso, tropicalistas, progressivos e visionários. Aí está a "caipira" Qualquer Bobagem pra misturar pureza, sofisticação e ousadia. Letra:

Chegue perto de mim
Não precisa falar
Acenda o meu cigarro,
Não queira me agradar
Queira, queira.

Não decida, nem pense
Não negue, nem se ofereça
Não queira se guardar
Não queira se mostrar
Queira, queira.

Escute esta canção
Ou qualquer bobagem
Ouça o coração, amor

Escute esta canção
Ou qualquer bobagem
Ouça o coração, que mais?
Sei lá!


Segue o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=zzs-FtM6j9Q

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Panis Et Circensis


(Os Mutantes, 1968 ou em Tropicália, 1967)
A faixa de abertura do primeiro disco da banda é uma obra prima da música brasileira. "Panis Et Circensis" é uma alegoria feita com uma maestria gigante para contestar o Brasil. E eu digo o Brasil da ditadura e o Brasil atual, já que todo mundo ainda fica preocupado em nascer e morrer.
"Eu quis cantar
Minha canção iluminada de sol
Soltei os panos sobre os mastros no ar
Soltei os tigres e os leões nos quintais
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
Mandei fazer
De puro aço luminoso um punhal
Para matar o meu amor e matei
Às cinco horas na avenida central
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
Mandei plantar
Folhas de sonho no jardim do solar
As folhas sabem procurar pelo sol
E as raízes procurar, procurar
Mas as pessoas na sala de jantar
Essas pessoas na sala de jantar
São as pessoas da sala de jantar
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer"

Aqui segue o link de um video da musica para quem quiser conferir http://www.youtube.com/watch?v=g2EKghlmIyQ

Tropicália


Os mutantes tiveram vários artistas da poesia da época militar como quando em 1968 gravaram o clássico LP "Tropicália ou Panis et Circensis" na companhia de Gil, Caetano, Gal, Tom Zé e Nara Leão.

No mesmo ano sai o primeiro LP só dos Mutantes, com os sucessos "Bat Macumba" (Gil), "Panis et Circensis" e "A Minha Menina" (Jorge Ben Jor).
Os Mutantes se consagraram como um grupo musicalmente criativo e com uma postura de deboche e irreverência. Apresentaram-se na França em 1969 e lançaram o segundo disco. Participaram de outros festivais, acompanhando Caetano Veloso em 1968 com "É Proibido Proibir" e atuando sozinhos com "Dom Quixote" e "2001" e em 1970 com "Ando Meio Desligado".

terça-feira, 8 de setembro de 2009

About

Os Mutantes é uma banda formada no ano de 1966, em São Paulo, por Arnaldo Baptista, Rita Lee e Sérgio Dias. A banda é considerada um dos principais grupos do rock brasileiro. Além do inovador uso de feedback, distorção e truques de estúdio de todos os tipos, os Mutantes foram os pioneiros na mescla do rock'n'roll com elementos musicais e temáticos brasileiros. Outra característica do grupo era a irrevêrencia. Se antes dos Mutantes, o gênero no Brasil era basicamente imitativo, a partir do pioneirismo de Arnaldo, Sérgio e Rita, abriu-se o caminho do hibridismo. Também participaram do grupo, Liminha e Dinho Leme.
Os Mutantes iniciou suas atividades em 1966, como um trio, quando se apresentaram em um programa da TV Record, até terminar em 1978 com apenas Sérgio Dias como integrante original. Ao longo destes doze anos, foram gravados nove álbuns - sendo que dois deles, O A eo Z e Tecnicolor, foram lançados apenas na década de 1990. Foi nessa década que foi reconhecida no cenário do rock nacional e internacional a importância dos Mutantes como um dos grupos mais criativos, dinâmicos, radicais e talentosos da história da música brasileira e mundial.